Silêncio
Poemas por Lucian Blaga sobre Silêncio, Saudade, Sangue, Lua, Antepassados, Juventude, Voz, Vida, Tempo, Alma
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Silêncio
Há tanto silêncio em volta que me parece ouvirnas janelas o golpe dos raios da Lua.
No meu peito despertou-se-me uma voz estranha
e uma canção dentro de mim canta uma saudade que não é minha.
Diz-se que antepassados, mortos antes do tempo,
com sangue ainda jovem nas veias,
com grandes paixões no sangue,
com Sol vivo nas suas paix es,
vêm,
vêm continuar a viver
em nós
a sua vida não vivida.
Há tanto silêncio em volta que me parece ouvir
nas janelas o golpe dos raios da Lua.
Oh, quem sabe, alma minha, em que peito tocarás
tu também, depois de séculos,
em cordas macias de silêncio,
em harpas de obscuridade - a saudade afogada
e o gozo de viver quebrado? Quem sabe? Quem sabe?
Poemas por Lucian Blaga sobre silêncio, saudade, sangue, lua, antepassados, juventude, voz, vida, tempo, alma.
(tradus de Micaela Ghitescu, editia "Mirabila samanta", ed. Minerva, Bucuresti, 1981)
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